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Mostrando postagens de 2010

Dor

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Não mais que de repente todos os sonhos se perdem todo o ar vai embora e o silêncio sufoca... As lágrimas turvam nos olhos apertados e esbaforiam-me no quarto quieto, não há como conter o desespero quando a saudade se transforma em dor e a dor não é mais que uma saudade, eterna.

Metade

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Eu perco o chão Eu não acho as palavras Eu ando tão triste Eu ando pela sala Eu perco a hora Eu chego no fim Eu deixo a porta aberta Eu não moro mais em mim... Eu perco as chaves de casa Eu perco o freio Estou em milhares de cacos Eu estou ao meio Onde será Que você está agora? (Adriana Calcanhoto)

Utopia

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O vento invade pela janela, junto com as notas das canções. Posso ouvir daqui o burburinho do movimento das pessoas e vejo o zigue-zague estonteante, com os mesmos rostos, caminhando na única rua, sem direção. Estou em meu quarto, aquele sórdido e vazio, em que num canto está assentada, sombria e vacilantemente, a solidão. Imagino a cena que já não faço parte, de repente as coisas mudam e o que sinto é o sentimento de repulsa por essas atitudes, sobrepondo o desejo de estar no meio daquelas pessoas. Eu queria me sentir alguém normal, que fecha os olhos para as circunstâncias e é capaz de se divertir, zombar da vida com sorrisos enferrujados nos lábios, mas não, essa não sou eu! E não conseguiria fingir sarcasticamente que seria isso que preencheria meu vazio. De repente, silêncio... Detenho-me por alguns minutos (ou seriam horas?) em meu livro, especialmente em uma frase “depois de desvendar uma ilusão de óptica, você nunca mais deixará de vê-la”. O impacto dessa frase é imediato e irr

Vaporização

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"Que metamorfose ! Minhas poucas gotas de alegria Tornaram-se nuvens de saudade." (Fabiana Mira)

Natal

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É véspera de Natal... eu vejo as crianças aguardando ansiosas, quase hipnotizadas, pela chegada do tal "Bom Velhinho". Vejo o sorriso estampado nas faces rosadas... Todos no mesmo clima de paz,  de harmonia... As pessoas se lembram de dar um "Bom Dia" com mais carinho se esforçam pela companhia do irmão e até trocam presentes... Hoje ninguém xinga os garotos que brincam na chuva nem os que correm entusiasmados pela casa, hoje se cala mais vezes em nome da comunhão com a família se empresta mais coisas se permite ficar "por último" na fila do banho... Hoje, todo mundo sacrifica alguma coisa em nome da alegria de estar junto todo mundo doa algo de si para o próximo todo mundo sorri mais vezes  canta mais canções... Hoje os asilos recebem mais visitas os hospitais mais doações as pessoas carentes tem mais chance de ter um almoço... Até os jardins estão mais floridos o verão mais quente e perfumado... as luzes mais encantadas. Que dia lindo é hoje! E amanhã, N

Medo

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Eu perdi o medo quando meus maiores medos se tornaram reais. Ainda busco uma resposta dentro de mim, mas o medo foi extinto. Ainda erro, mas não tenho mais medo de errar, ainda choro (muito), mas não tenho medo de chorar... Às vezes me sinto tão perdida que sinto a solidão agarrada em meu pescoço, me sufocando, e tudo o que eu consigo fazer é me aquietar, porque não tenho sequer forças para debater com ela, e quando fico lá, imóvel, ela afrouxa os dedos em volta da garganta e sai de fininho. Fico observando-a descer as escadas que leva à rua vazia e escura, enquanto os soluços invadem o quarto (de onde eles vieram?). Meus olhos se afogam, a mente se turva em um milhão de pensamentos então o vejo pulando sorrateiramente a minha janela, com um sorriso malicioso estampado na face. Quando a solidão vai embora, vencida pelo meu próprio sarcasmo, o desespero chega saltitando as entradas que não tive o senso de fechar. Ao contrário da solidão, o desespero me faz gritar

Adeus

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As lágrimas caem... O dia sangra as lembranças, pouco a pouco se embriagando da solidez do silêncio. O cheiro de nostalgia emana da terra efervescendo os cantos ermos da cidade deserta. Vozes obstinadas se turvam nos ecos e escombros perdidos delírios incultos nas memórias atordoadas... Não há mais beleza nessa estrada e os passos lentos se desviam pelos caminhos sórdidos. O vazio é predominante de palavras sem sentido deixando o cheiro de morte e o gosto lúgubre na garganta repetindo os murmúrios de letras tristes das mesmas canções. E é solidão o que fica quando os estrondos da tempestade avançam impetuosamente arrancando a leveza dos poemas. Não há mais harmonia entre ação e sentimento os vultos escuros liberam o medo que consome pesando o ar nos pulmões. Desvirtuo razões por momentos que não voltam enquanto as mãos tecem histórias incompletas páginas inteiras de rabiscos sem sentido com verdades incontidas e planos frustrados misturando todas as notas na sinfonia numa orquestra de

Horizontes

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Faz tanto tempo E não tanto tempo assim... Ainda posso sentir as estrelas brilhando em teu olhar Daquela maneira, quando você olhava para o horizonte E com rubor nas faces descobria-nos olhando na mesma direção. Eu posso procurar por mil caminhos Que jamais reencontrarei calor como do teu sorriso E como eu amava lhe ver sorrindo Perdia-me por segundos eternos em tão insondável doçura. O tempo não passava E passava tão rápido... Assim nessa contradição de pensamentos. Eu sinto as lembranças arrancarem a realidade de mim Quando fecho meus olhos para apreciar do teu abraço E imagino... Não mais que de repente, você surgindo Irradiando teu perfume pelos jardins adormecidos. Eu abro os olhos e vejo pela janela O dia nasce inconstante no tempo Faz frio aqui dentro Mas não sei dizer... Canções vazias espalhadas no vento Lá fora há silêncios que não ouso descrever E é só mais um momento Um vacilo do pensamento Que insiste em se alimentar da saudade de você. Eu abro

Invenções

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Trago meias verdades rabiscadas em papel perfumado, mas não adianta confessar crimes passados se as feridas teimam em permanecer nesse tempo que passa lento. Lá fora faz chuva, mas a tarde está quente. Histórias incompletas de meias verdades vividas e a outra metade que eu imaginei com palavras disfarçadas com sentimentos perdidos e com os sonhos desfeitos... Tudo num vazio constante num passado intrigante e já não sei se é esse tempo ou essa música, nem sei se é o perfume no vento ou uma vontade de fugir e refugiar em dores antigas... Relembrar já não faz sentido porque eu não consigo saber o que foi real e o que eu sonhei.

"Até Breve"

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Hoje a noite está mais fria Fecho os olhos e sinto A saudade arder em meu corpo Eu sinto sua falta O vento sopra do horizonte Espalha teu perfume por meu quarto Vazio Dentro do peito é uma dor sufocante Angustiante falta do seu sorriso E do seu olhar. Vento que sopra do horizonte E traz as lembranças em suas asas secretas E o gosto amargo do adeus em meus lábios. Hoje as estrelas não souberam o que dizer E noite se faz fria Eu fecho os olhos para sentir E você não está mais aqui Só restaram as palavras Que tentam dizer Até breve Sinto falta de você

Mudanças

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A vida nos proporciona experiências que vão além dos versos, das canções, da literatura... é algo que vem de dentro, de algum ponto na gente que, de repente nos faz sentir o impacto daquilo que está lutando para "sair" de nós. Não, não é algo como a troca de um olhar ou uma mudança de direção, é mais como mudar as paisagens, pouco a pouco, e só percebermos quando nos é imposto um espelho. Espera aí! Não é só a imagem de mim mesma que está debilmente alterada, mas tudo em volta está diferente. Então o ponto chave do contexto nem é o espelho, mas são os fatores que produziram as imagens diante dele e, o mais importante é: o espelho sempre esteve no mesmo lugar, mas enquanto estive perdendo tempo não querendo aceitar as divergências, inutilmente, não via a influência que cada situação causou ao absoluto em que interagiu. É, foi preciso mudar de lugar, foi preciso sair da rotina, diversificar os hábitos para perceber que “alguma coisa” simplesmente mudou e isso é irremediável e e

Infinito

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Lá fora a chuva é intensa as ruas estão desertas a cidade está fria... Hoje as pessoas não quiseram colorir a cidade está tudo em um tom silencioso de solidão e vazio. As flores dos jardins estão dançando em alegria com suas secretas orações de agradecimento a magia que faz da vida um espetáculo. Quando todos se calam é que posso ouvir a canção do flautista que de horizontes límpidos pela chuva, desenham nas estradas e meu espírito insiste em seguir nesse caminho. E na chuva os bosques não gracejam com as borboletas e mesmo com o colorido da primavera, as florestas são sombrias e as palavras no vento continuam sem sentido. Mas é só um dia de chuva que observo pela janela o resto é fantasia da alma, um ponto de fuga para o infinito.

Algo de Novo

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Leia a minha mão Diga o que vai ser Em que ano estou Em quem posso crer Diga que estou bem Diga que está tudo bem Mesmo sem saber Aonde devo ir Quando a noite cai Quando estou aqui Que sentido faz Me embriagar e me arrepender De outro dia mais Venha me dizer Algo de novo Eu nem lavei as mãos Nem li o jornal Nem abri os olhos Nem me sinto mal Nem me sinto bem Está tudo bem Tudo está normal...

Novamente

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Estou me sentindo sozinha daquela forma que dilacera o peito e deixa o vazio agoniante nas entranhas da alma. Eu sinto a morte agarrando meu pescoço e me dizendo "é apenas mais um que se vai"... mais um dos poucos que fui capaz de amar. Sinto-a me invadindo com suas risadas e corais consumindo tudo o que vem pela frente intrigando tudo o que fica para trás e me suicido em minha completa ignorância que não me permite decifrar os seus mistérios arrogantes alucinantes cativos... E sinto-me esmorecer como uma névoa com letras e canções incoerentes perdidos nesse desconexo inexato insensato... buscando por horizontes frios algum ponto de fuga desses sinos que marcam suas baladas incompletas, dos sons do flautista na cerca de vime que insiste em entoar "é hora de ir soltem-se as mãos" e nada faz parar essa dor que arrebata e arranca todos os sentidos. E não adianta mais correr para os braços quentes não adianta mais abrir as portas para o so

Ao Seu Lado

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Acho que seu perfume está me causando alucinações ou é sentir você tão perto que me remete à lembranças de quando eu fechava os olhos no silêncio do meu quarto e transpunha os horizontes para estar ao seu lado. Em pensamentos... e em sonhos... E eu podia até sentir o calor das suas mãos podia sentir o pulsar do teu corpo acompanhando meu rítmo sedento como uma onda no mar e, calmo como uma sinfonia. E a diferença daquele sonho para agora, a sutil diferença, é que quando abro os olhos você ainda está aqui.

Pensamentos

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Será que se eu fechar os olhos todo esse medo vai embora? Ainda me lembro do sabor que havia naqueles versos e sinto falta das poesias que jorravam inusitadas os campos haviam se tornado mais belos, mesmo nas ruas desertas ou nos cantos perdidos e, era mais fácil caminhar com a esperança de haver flores pela estrada. Será apenas o medo que fez parar, ou havia algo mais para me impedir de te buscar? E eu não sei se as promessas foram quebradas cedo de mais, ou é só a ausência que me faz perceber que eu precisava me entregar a apenas mais um passo... Talvez faltou ainda um verso, para chegar a um acorde perfeito... Talvez não devesse nunca buscar perfeição, mas nunca vou saber onde me quis o destino quando você estava partindo sozinho e eu não quis impedir . Eu não sei ao certo se te perdi, mas queria voltar aquele jardim em que você semeava flores pra mim. Mas não sei qual é o caminho, ainda podes me conduzir? Ou já é tarde de mais para voltar? Ainda me lembro do perf

Separados por horizontes

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De repente tudo muda... Tudo muda com apenas um olhar....

Desencantos

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Eu ainda me sinto bem ao ouvir aquelas canções antigas, embora a solidão dentro do peito esteja mais forte que o costume. É, passam-se os anos e eu não acostumo a "ser" sozinha, mesmo que isso já faça parte de mim. Odeio quando as cortinas se fecham e as pessoas desaparecem do outro lado e, odeio quando me sinto assim, quase despresivelmente implorando para que alguém fale comigo... mas não há ninguém aqui, só o mesmo e velho caderno rabiscado quase até o fim e as notas das antigas melodias que fazem parte da minha medíocre história. Estou cansada desta farça... Estou cansada dos olhares incansáveis a procura de alguém ou alguma coisa que preenche esse vazio e não há... é só as mesmas notas monótonas e insípidas. E lembranças que não me deixam seguir em frente. Deitada, sem saber o que fazer, matando os minutos que corroem cada partícula de pensamento, me perco, me destruo... eu quero fugir daqui e não aguento mais. Não aguento mais repetir sempre a mesma história, não aguent

Desespero

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Fecho os olhos e já não posso ver invenções sem formas, idéias vazias... Pensamentos vagantes pelo tempo, sem saber... É difícil olhar sempre para a mesma direção e não enxergar o caminho e a imagem do espelho distorcida em cacos de vidros. Vozes obstinadas sentimentos confusos na solidão dos encantos  nos poemas mal escritos nas canções inacabadas sinfonias de desespero que regem a estrada. Caminho com passos lentos nos jardins infinitos da dor e com palavras perdidas buscando respostas sem que haja as perguntas coerentes apenas múrmurios com o som do vento e o desespero da minha alma.

Saudade de Você

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Lá fora até faz um belo dia Mas já não importa mais... Será que daí onde estás consegues ver o sol se por no horizonte? E, consegue ouvir os pássaros cantarem? Sinta a brisa e lembre-se de mim Sem você os dias já não são os mesmos Sem tua voz não tem mais sentido o entoar das melodias. Podes ouvir o vento soprar? Consegue sentir a saudade pulsando em meu coração? Não há mais harmonia entre ação e pensamento Sem você os segundos correm soltos pelo tempo, Passam em vão... E eu até intento em seguir adiante Mas é sempre o gosto sórdido da saudade que me acorda a noite E sinto as estrelas me olhando com teus olhos Será que podes lembrar-se das histórias que ficaram? Das vezes que corríamos destruindo as flores dos jardins Ou quando passávamos horas e horas desvendando mistérios que não tem fim... A nossa canção transborda pelo rádio Nesta tarde quente que se faz vazia Porque a solidão no peito inspira palavras tristes... Podes sentir meu coração falar silencios

Cicatrizes

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A válvula de escape foi aberta os pensamentos fugiram um por um e deixavam a mente vazia um alívio... É como a água de um rio que corre desgovernada seguindo um caminho engolindo tudo o que vem pela frente e se tornando em um lindo espetáculo. As vozes em minha cabeça sumiram sou apenas eu e esse silêncio obstinado. E os cortes não doem, mas a derrota incomoda e as palavras fogem de mim! E agora estou sozinha curtindo minha ilusão. As pessoas se escondem mas é melhor assim eu já nem sinto e já não penso... E o latejar nos braços é mais suave que a solidão no peito e não tenho nada a dizer, porque de tudo ficou o engano o desespero e algumas cicatrizes...

A Vida Se Repete

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As luzes da cidade se apagaram com a tempestade, chove forte lá fora e as pancadas da goteira na janela me convidam a um passeio. Meus movimentos ainda não estão “lá essas coisas”, mas consigo ter o controle do carro. Uma canção começa a cantarolar ao fundo, bem baixinho, falando de um amor impossível... porque as canções falam de amores surreais? Dirijo pelas ruas desertas, são quase duas da manha e o silêncio é cativante. A tempestade deixa a cidade mais bonita e mais calma. Os pensamentos atormentam junto com as notas das canções, vago sem rumo entre as enxurradas, procurando não saber... No fundo eu já sabia onde meu coração queria ir, mas os abismos até lá são grandes de mais para transpassá-los, sozinha... Eu me rendo e deixo que minhas mãos guiem o carro sem pensar, não estou perdida, apenas procuro não saber para onde estou indo. Paro o carro diante dos portões... Fico por algum tempo apenas “relembrando”... a última vez que estive aqui eu quase não acreditei, e... faz algum te

Fisioterapia

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Cheguei da fisioterapia e dormi. Ah... Como é bom dormir ouvindo o som da chuva nas telhas de amianto... É um som agradável, principalmente quando as pessoas estão "atarefadas" de mais para me torturar com suas presenças. É tão bom ficar sozinha em meu quarto, vendo a chuva pelo vidro embaçado. Lembranças me invadiram pouco antes de adormecer... Fiquei imaginando quantas e quantas vezes olhei por essa mesma janela a chuva elamaçar o terreiro de terra lá fora... E as goteiras dão a impressão que a chuva está mais forte... Eu fechei os olhos e senti uma lágrima rolando em meu rosto, não sei ao certo porque (ou por quem)... São tantos sentimentos, desafetos dentro de mim que não consigo administrá-los... Não mais que de repente estou em soluços, encostada na janela fria, olhando a vida que renasce sob as águas frescas da chuva. Nunca tinha ido a uma fisioterapeuta, me indicaram uma das melhores que o convenio podia pagar (meu convenio cobre 70% das consultas, mês que vem estou m

Psiquiatra

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Acabei de chegar da médica. É impressionante como os psiquiatras fazem "cara de paisagem" e não entendem nada. Tive vontade de bater nela com a voz incrivelmente doce e controlada. aff... Eu pago cerca de 360 reais para ouvir tudo o que eu já sabia... Ela me deu uma bronca (a moda inglesa né, falando baixo e tentando me fazer pensar) prefiro quando as pessoas gritam e falam realmente o que pensam. Tenho certeza que ela estava pensando “sua idiota, você queria se matar?" Eu tentei ser o mais direta possível. "Não vou tomar lítio de novo e ninguém vai me obrigar, tudo o que eu quero é um sedativo para dormir, nada mais que isso. Algo que bloqueie os pensamentos"... Ela respondeu calma "Te sugiro a terapia e uns dias na clinica, não lhe darei nenhum remédio, o que você precisa é se estabilizar e só o lítio pode fazer isso, se não quer, então aprenda a conviver com você mesma. E nada de sedativos..." Poxa! Porque ninguém me entende? Ela passou alguns anos

Fugindo de Mim

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As mãos lentas tentam acompanhar os pensamentos, mas eu me irrito e deixo pra lá... Seria melhor não ter acordado do que ficar nessa lerdeza para fazer tudo. Eu demoro 5 segundos para saber qual letra eu tenho q apertar... Tento praticar com os olhos fechados (igual quando eu fiz o teste de digitação com 220 toques por minuto) não consigo... desisto, desligo o pc emburrada como se a culpa fosse dele e vou ler... mas espera aí... Eu também não consigo ler, não processo tanta informação assim... Porque diabos foram me acordar? eu só queria dormir... dormir... ninguém entende. Minha médica disse "Olha se você não se cuidar e não fazer a fisioterapia você não vai voltar a ser como antes. Tudo depende de você agora e algumas coisas você terá que reensinar teu cérebro como funcionava" hahaha eu ri da cara dela... "tudo depende de mim?" vá à merda... Eu não quero mais nada apenas "dormir" e se depender de mim... Não me acorde de novo... E ainda tive que aguentar

Pensamentos

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 A gente tenta por muitas vezes adiar o “adeus”... Mas chega um momento que ele se torna inadiável. Sim... Eu percebo que é só o que tenho feito de algum tempo pra cá. Tentado correr atrás do vento pra simplesmente não dizer (e eu não queria dizer) adeus... As vozes todas na cabeça já dizem que é tarde e que é preciso tomar alguma decisão. As pessoas sempre dizem que “você vai conseguir”, mas ninguém realmente sabe o que está havendo, ninguém entende dos medos que me fazem fugir e das milhões de promessas que nunca cumpro. A verdade é, ninguém entende que “adeus” é por um tempo longo de mais e eu não consigo enxergar a longas distâncias. De repente olho e percebo que retornei ao inicio escuro e sombrio de antes, não queria voltar, mas meus passos me levam sempre ao mesmo lugar e a estrada é sempre vazia. Quando a dor no peito começa a gritar mais que a própria voz e o vento frio retalha o corpo com violência, as marcas ficam, as lembranças ficam e os sonhos são todos jogados há uma

I Know..

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Eu sei... Não adianta querer correr atrás das borboletas no jardim E nem implorar para que elas pousem em nossas mãos Elas simplesmente voam... E eu sei... Depois que se escolhe o caminho É quase impossível voltar para a estrada antiga... Não é preciso colher mais as flores Quando o horizonte se perde infinitamente Desconexo em sentimentos vazios. Eu tentei olhar para o sol por alguns minutos E percebi que se eu insistir ele se rende E queima mais por dentro do que as pessoas conseguem ver... E eu sei Que essa não é a escolha correta Mas agora não resta mais nada Além de borboletas solitárias Voando em um jardim sombrio E eu preciso fugir de mim mesma Da história não concluída E do sonho de simplesmente Alcançar as borboletas...

Sons

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Perdida dentro de mim mesma Tentando encontrar respostas Que insistem em se esconder Os ecos repetem a história E as vozes incansáveis contam as mesmas palavras Sem sentido... E eu sinto o vento, mas não percebo Que é o silêncio que sufoca Intenso na garganta Enquanto as lágrimas saltam aos olhos Deixando fluir toda dor Através dos acordes vazios... E o tempo não volta As horas não passam Tudo se transforma num infinito inquieto E uma sinfonia triste De silêncio, De palavras E de sons...

Coração

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E o que fazer com esse coração? Que ao vento espera a vez Uma frase um refrão E que nele vem voar Num tapete de emoção Mas espera pra sonhar... Amarga ilusão Quando a noite fria chega e o dia tem um fim Quando a realidade invade e provoca uma explosão.. Coração batendo como bate um coração Pulsação de sonhos De seres humanos que vagam sem razão.

Ventos

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... Sou o vento... que não sabe onde ir quando a chuva cai desesperadamente sobre a terra seca levando as marcas as pegadas que me levavam ao horrizonte... Sou o vento vazio sombrio... que leva as notas dessa canção até aos seus ouvidos procurando trazer a sua voz até aos meus... Sou a brisa da manhã que sopra fria quando olho em direções opostas procurando seu olhar que já se foi no infinito me deixando vagando sem rumo à espera...

Enxurradas

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Instantaneamente as ruas se alagam E as pessoas correm, Já não posso ver o pôr do sol Tomado pela chuva de outono, Passageira, intrigante. E eu olho e não vejo... As portas dos comércios se fecham Um vento passa sorrateiro E é só uma brisa que carrega lembranças... Lembra-se de quando nos dias de chuva nós corríamos desgovernados pela enxurrada? E encharcados das poças, caminhávamos abraçados? Agora é só uma saudade que fica nesse dia sombrio Quando as canções não fazem mais sentido E, despedaçados, um a um os sonhos se perdem... Parece tão pouco o tempo que passou, Que as histórias que preenchem as páginas vazias Vagam por um desconhecido inconstante. A chuva lá fora encanta em suspiros E em devaneios de solidão banhados de saudade E as horas passam trazendo a noite fria Que se despedem das lembranças Levadas na correria das enxurradas...

Sozinha

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Faz frio aqui, Desenhos inusitados na parede do quarto sombrio Assombram a realidade do momento Vazio. Fecho os olhos e procuro não pensar Uma lágrima escorre pela face Que ofusca o sorriso mórbido. Eu espero as horas serem consumidas pelo tempo Com uma música triste soando ao fundo Os segundos passam pesados Desnorteados por horizontes desconhecidos E ainda posso sentir o vento Que insiste em invadir em silêncio... Não há respostas nas estrelas E essa noite não tem luar Apenas o desespero que consome quieto e lento Vendo as horas passarem pela noite Sozinha...

Sem Palavras

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Sem palavras pelas páginas em branco horizontes imersos num brilho fosco e contradições invertidas pelo lado oposto. As ruas cinzas não pertecem ao caminho e fogem de si mesma à procura de abrigo mas os passos lentos não levam a nada. Vozes perdidas, sonhos desfeitos... Pensamentos que aturdem na memória e trazem as lembranças que prefiro esquecer. Sem sentido vazio... não há razão para continuar nessa estrada se já não germinam as sementes do destino. Eu ainda queria as flores os jardins sedentos o calor do vento... Queria a história a poesia que ficou ausente o sorriso que corrompeu quando os olhos ferozmente se fecharam para a vida que corria dos meus dedos.

Poema triste

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Eu escrevi um poema triste Que falava de amor... Sim dos amores impossíveis que rondam os povos da terra Palavras insanas jorravam pelas páginas em branco Sentimentos preenchiam cada linha freneticamente Sem sentido... As canções inundam meu quarto sórdido Pensamentos atônitos que me conduzem Ao desconhecido de mim mesma... Ainda chove lá fora E aqui dentro a noite é escura E fria Minhas mãos perdem o tato do teu rosto Já não posso sentir teus olhos Apagados na fotografia Eu procuro retorno nesses passos infinitos Perdidos no horizonte de mais uma noite Imersa em sentimentos obscuros E sonhos Que não voltam mais

Adeus

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Amanhecia,enquanto o gosto das lagrimas ainda permanecia em meus lábios.E a dor que consumira minhas forças voltava com toda a força. Ele se fora e não havia nada que pudesse ser feito. O calor do seu corpo,o cheiro,o sorriso que me acordava dos meus sonhos pela manhã era cruelmente subtituido pelo vazio que invadia e tomava cada antro que antes era inundado pelo amor que eu o devotava. Já não havia mais um corpo.Mesmo frio e sem vida,era a unica evidencia que restou do ser que mais amei em toda minha existência.Partiu pra sempre e me deixou aqui... Por muitas vezes nessas ultimas horas,desejei que a morte me levasse em seus braços,qualquer coisa pra não ter que viver sem a presença dele na minha vida.Tudo em vão! Eu o vi ser entregue ao pó,eu senti meu coração sendo massacrado dentro do peito,uma dor tão intensa que parecia que iria durar eternamente.Cada vez mais distante,cada vez mais doloroso... A terra cobria pouco a pouco o lugar onde o seu corpo adormeceria,eu ja não t

Ecos

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E hoje tudo está em tons de cinza... O céu se abre para receber minha solidão e a natureza parece debochar dos meus olhos com seus ipês floridos de cor-de-rosa e amarelo... São os tons da primavera que já não tem cheiro e um dia tão bonito é quase uma afronta. Não adianta olhar em volta só existe um vazio de silêncio e dor. As lembranças são mais bonitas e mais amargas e o ar pesa em meus pulmões já não há saudades que preenchem e nem sonhos que permanecem. A vida se lamenta ante esses ecos sombrios e se despede em um adeus eterno.

Asas

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"De que valem os sonhos, se não possuo asas?" (Sandra Ribeiro)

Sem Explicação

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O vento sopra frio pela janela sinto o cheiro que vem dos ipês floridos fora de época... Será a primavera que chega mais cedo ou as flores dos jardins que anseiam por partir? Na vida não há mais explicação mesmo que insisto em seguir... Quero olhar para o horizonte apenas para ver o sol se pôr sem procurar vestígios do que ficou... As canções continuam aqui cantando a alegria que já não existe mais lembro daquele tempo em que tudo virava história e as palavras não eram apenas palavras perdidas como agora. No frio dessa noite cinza que desejo ter aqueles olhos e o sorriso que ficou na estação passada...

Sem Rumo

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Minha vida não é mais a mesma... Eu tenho andado na rua feito um zumbi... Tudo está sem sentido parece que cada dia que passa a dor consome mais violentamente dentro do peito... Tenho deixado de ser eu mesma, pra ser apenas o que restou de mim... Me perco novamente... Sem rumo! E onde estão todos os meus amigos? Será que não vêem que o vento arde em meu rosto e que já não consigo olhar em direção ao sol? Não! Não vêem, porque na verdade ninguém se importa com silêncio insuportável aos meus ouvidos e a única voz que poderia me libertar, se cala no infinito... Se cala nos sons inconstantes da vida que tento reencontrar... Eu só queria voltar a ser eu mesma, a rir com sarcasmo das "coisas da vida" a estar sempre pronta pra qualquer situação. Queria voltar a ter um coração quente habitando meu peito... Queria ter ele lá me esperando quando eu ficasse sem rumo e ele me pegava pela mão e me conduzia de volta ao caminho... O que fazer agora? Se eu não sei volta

Lembranças

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Sinto teu cheiro no vento e abro os olhos para te encontrar mas você já não está aqui... E eu fecho os olhos novamente, ouço as canções que me lembram você lembro de quando podia encontrar seu olhar e quando você vinha correndo pra mim... Lembranças que machucam levam um pedaço de mim. Viajo por horas e horas nas letras perdidas que não dizem nada só repetem a mesma história pelas ruas escuras da cidade... A noite está fria hoje e o vento sopra nos jardins sem flores sonhos que se perdem planos despedaçados, jogados pelo chão... É só a saudade agora que me leva até você e me faz sentir a falta... É só a saudade agora e lembranças penduradas nas paredes que não preenchem o vazio que ficou quando você resolveu partir...

Incondicional

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Eu queria te sentir mais uma vez Olhar em teus olhos Ouvir você dizer coisas que Faziam-me sorrir... Vem, Renasce o horizonte para mim. Vem, Faz-me correr contra ao vento para te encontrar Desde que você se foi Meus sonhos se perderam E não há mais para onde ir Se você não está mais em nenhum lugar. Você foi o sonho Mais lindo que pude sonhar A estrela que mais brilhou Em meus olhos. Vem, Quero sentir você mais uma vez. Vem, Diz que não vai mais sair de perto de mim. Ouça minha canção Que te diz em silêncio O que as palavras Jamais saberiam expressar... Eu queria que Pudesse me ouvir Enquanto ando por essa rua deserta E você não está mais aqui... Vem logo para mim E ouça: Eu te amo "Te amo"! Ainda de sinto aqui Nas letras dessa canção...

Amigo Virtual

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Cada dia que se passa me surpreendo com suas palavras suaves e seu jeito meigo dizendo tudo o que sinto... As letras são todas iguais mas a timidez por trás das teclas me encanta me acalma! Estás sempre pronto a ouvir meus desencantos meus lamentos enviando sorrisos disfarçados de letrinhas. Entrou na minha vida por acaso com apenas um click compartilhando coincidências tristes momentos de solidão e euforia. Adoro ver que estás sempre aqui mostrando que a mesma tela que nos separa é também a que nos une e não é preciso olhar nos seus olhos para saber que é real... As confissões, as piadas, os conselhos te faz mais que um simples amigo e não importa o quanto estamos longe também existe anjos virtuais!

Saudade

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Saudade é quando dói no peito o que as palavras não sabem dizer  é quando o sol se põe ao meio dia e a noite de lua cheia fica sombria e fosca  Saudade é quando olhamos para o horizonte procurando o caminho  e só enxergamos o vazio  e todas as direções se bifurcam na mesma estrada  e na garganta sufocam as palavras que ficaram por dizer, sufoca o silêncio que permanece...  Saudade é olhar para o céu e não encontrar mais estrelas  e todos os dias se tornarem cinzas, mesmo sem chuva.  Saudade é olhar em todas as direções procurando uma só resposta  sem entender que, o que não existe é a pergunta certa  é sentir na brisa o perfume do que ficou em mim  é me perder dentro de mim mesma procurando pelo único olhar  que não encontrarei mais...

Reflexos

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De repente tudo muda de lugar E o vento sopra sem direção, encontrando um horizonte vazio. As luzes da cidade refletem um olhar perdido A noite está sombria... Ruas sujas, cantos sórdidos, Crianças fantasiadas de mulher brincam nas esquinas Em perigo, Sem sentido... E os passos lentos não encontram o destino E se perde em desatino Enquanto a noite adentra misteriosamente pela madrugada Deixando os relapsos do dia cinza, Consumindo tudo o que se vê pela frente Em lembranças E pensamentos vãos. E os passos se perdem na caminhada Por becos e caminhos desconhecidos. Pessoas e máscaras correndo na direção oposta Ao vento, Ao tempo, Aos momentos que se bifurcam na estrada. Sem respostas Em silêncio...

Portas

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É o silêncio que fica quando todos resolvem ir embora batendo as portas que não se abrirão mais...

Manhãs

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Inspirações súbitas me maltratam Meu corpo sente os reflexos desse dia cinza, Que amanheceu vazio em meus pensamentos. O vento sopra uma brisa violenta, com cheiro de morte e desprezo. Não é o sol que faz falta, mas o rio que vem de dentro que corre para um mar desconhecido. Palavras sem sentido... Invento canções sobre o tempo Que passa rápido por aqui Deixando vestígios e páginas em branco. Já não sei o que dizer, já não faz parte de mim E essa manha que amanhece sem cor E sem sons Me leva ao recôndito de silêncio profundo Que se joga inconstante ao abismo De pensamentos vãos E lembranças perdidas.

Nem Mais Igual

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Então... Eu vejo a vida pela janela e nada é como eu pensei que fosse o céu não é tão azul, nem o sol tão amarelo... Ou são meus olhos que estão cinza? As coisas mudam de lugar e, não mais que de repente os pássaros param de cantar e tudo perde a beleza e a sintonia. Há uma angústia no peito que sufoca a voz, no telefone, não satisfaz e um medo voraz e sedutor, domina. O silêncio é quase doente e as palavras instigam solidão, na confusão que misturam os sentimentos vazios e lembranças antigas que se desfazem na mente... Nada é igual e nem mais igual... e o tempo está passando assustador!