Vagamente
Então me diz poeta, se tão sábio és...
Como pára a saudade correndo nas veias
Ou o silêncio que dilata o coração?
Se sabe o enigma das canções, me diz
Como todas melodias de repente perde os tons
e os jardins perdem bruscamente suas flores?
Ah poeta se tu soubesse que aquela pequena sobrevivia de amores...
E de poesias eram seus travesseiros...
E que ela se deitava em campos verdejantes
buscando os sonhos mais singelos...
E agora é só o vento que canta perdido
Silenciando a brisa, zunindo...
E não há mais estradas enfeitadas,
somente um canto sórdido,
um olhar vazio...
INTENSAMENTE
ResponderExcluirOlhar vazio... hum!
Desses olhos tão cheios de luz, esses teus olhos?
Donde partem horizontes de fantasia e cores mil
Donde rotas rotas , rasgando o vento
Anunciando a sinfonia da paz
Declamando sonhos eternos
Espalhando a fertilidade nesse mar de relva a perder de vista
E quem não vive de amor?
Qual jardim não se desfaz ao outono gris?
Quando é que o rouxinol não destoa, não perde a voz?
Os mistérios nem sempre despertam
Cabe a ti, poetisa amada, buscar entender
Porque a vida nos leva ao mesmo desatino
O silêncio de quem se ama é a esperança, de um dia, o reencontro
A saudade é alegria; a lembrança é o que te faz reviver
Não se sente falta dos desamores