Sociedade adormecida


sociedade adormecida

Não há sementes, não há valores
fique em silêncio, ouça os rumores.

São os gritos das crianças que sentem fome 
e as lágrimas das mães humilhadas,
são os silêncios dos idosos abandonados em qualquer canto sórdido,
são as memórias da pátria esquecida, 
prostituída nos livros... 

Histórias que se repetem, aplausos.

Odeio a  névoa de ignorância e a ingratidão que se estampam nos olhares.
Odeio o senso de supremacia arraigados no ego. 
Odeio a falta de empatia e a superioridade contida na voz. 
Odeio o respirar, o farfalhar o existir.

Bando de hipócritas medíocres incoerentes. 
Rezam toda noite mas atiram pedras em cada amanhecer.
Suas roupas de grifes e perfumes importados não escondem a podridão que sai de você. 
Seu hálito fede a cada palavra que vomita.

Odeio a desinformação mitigada pelas conversas, a farça desenhada nas entrelinhas, o disfarce sensoriado na novela. 

Odeio a massa que lhe segue hipnotizada, manipulada... 

Enquanto você existir, toda uma nação será vendida 
e a pátria amada, 
idolatrada 
será apenas uma prostituta na esquina...

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