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Mostrando postagens de junho, 2010

Sonhos

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Eu fecho os olhos e permaneço em silêncio enquanto a brisa sopra sobre mim e envolvo meus pensamentos nas estrelas mais claras, faz uma tarde fria hoje. Eu ouço minhas canções, enquanto perco meus pensamentos nas imagens da janela do meu quarto sórdido. Essas canções me lembram um momento que nem sei por que insiste em ficar. Ainda tenho esperança, mas acho que é hora de partir. Cada acorde tem a sinfonia do olhar que prefiro esquecer, cada tom tem o sabor do desejo que arde cegamente em meu corpo, a melodia sussurra o beijo o ensejo... eu quero fugir dessa saudade no peito, mas minha solidão me leva ao mesmo lugar. E meu corpo ainda trás as marcas e tem sede de seguir, mas nem tudo é mesmo assim, não é fácil viver com um cemitério de culpa na memória. E, não é culpa por me entregar ao desconhecido que incendeia e arde as virtudes, mas por insistir em seguir sozinha por um caminho que deve ser trilhado a dois. Olho a vida lá fora e vejo os segundos perdidos no tempo, a voz incert

Ruas Desertas

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Pensamentos vazios e olhos secos uma dose dessa droga e tudo passa. As lágrimas vão embora, mas as lembranças ficam... Caminho pelas ruas desertas sem saber e os pássaros da noite sussurram tristes no céu não há estrelas, mas as luzes coloridas deixam a cidade com uma beleza gloriosa e os cantos continuam sórdidos. Pensamentos vem pensamentos vão buscando lamentos de uma sinfonia esquecida em lembranças e vozes numa mistura inquietante e tenho medo... Continuo caminhando em silêncio na companhia desse vento furioso e desse perfume que desconheço!

Apenas Perdoe-Me

O vento sopra sem direção lá fora a noite surge sem avisar há estrelas no céu e há flores na estrada mas aqui dentro o frio é constante. Fecho os olhos para dispersar essa saudade alimentando de sonhos os meus pensamentos incertos que insistem em procurar pelos versos mas só há o vazio a solidão. E as horas passam os dias avançam violentamente dilatando a distância que ameaça meus passos. Queria apenas sentir a magia das palavras aquelas que me envolve, me encanta e acalma meu coração inquieto mas o silêncio é ardente nas janelas que se fecham, não encontro os sonhos que escorrem pelas letras só o escuro e triste som do vento que sem direção sopra em qualquer lugar... Queria... como eu queria... ouvir os ecos daquela doce voz que de tão calma me conduziu ao desconhecido de primaveras e sonhos de verão... queria o sorriso desenhado o olhar sedento e o carinho das mãos como eu queria... o murmúrio de uma canção os sussurros de uma melodia e uma palavra que reage a essa brisa. Agora é o

Tarde de Chuva

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Eu já senti isso antes só não consigo lembrar e é estranho perceber que a história se repete constante e surreal... Hoje a tarde se fez chuva mas ninguém percebeu que o tempo sangrava em fúria e que os ventos se perdiam em desencanto... E pelos cantos as palavras se escondem e já não é solidão, nem angústia mas os olhos ainda se inundam e o vazio permanece. De longe eu observo a vida lá fora sob as águas os becos não são tão sórdidos nem as sombras tão densas e a noite vem chegando aos poucos mas aqui dentro nada muda.

Solidão

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Estou tremendo, mas não é de frio O silêncio me condena e as vozes dentro de mim me afogam Em um constante desespero da alma... Tento gritar por socorro, mas ninguém me ouve, Minha voz entala na garganta Eu preciso de um amigo, Mas é tudo ilusão... Fecho os olhos e não vejo, O céu não é mais azul, Não há mais flores no caminho. Tudo me leva há um só lugar E eu continuo sozinha, No meu quarto escuro... Nada preenche o vazio que fica, O medo que domina e pressiona Sinto sede da vida que não me sacia E segue vazia Em direção ao horizonte doentio Que se perde Se ausenta E se joga do abismo dos meus próprios olhos...

Outros Tempos

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A cidade está deserta nesta noite de Agosto. O vento passa frio, balançando meus cabelos e trazendo lembranças antigas. As horas passam devagar O silêncio domina... Pela janela eu vejo as imagens em movimento as músicas não causam os mesmos efeitos e as ruas mudaram mas os nomes continuam os mesmos Não sei o que estou fazendo aqui numa vida que desconheço as horas passam e eu me perco. Insisto em trazer coisas do passado, mas a história foi contada de outra maneira em outro lugar... Reviver não me faz bem, porque embora os personagens sejam os mesmos o espetáculo insiste em mudar.

Diante do Espelho

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Eu só queria preencher esse vazio, tirar essa solidão de dentro do peito me sentir alguém, mas me deparo com o espelho. Meus olhos vazios se perdem em mim mesma e as lembranças passam nessa imagem que não reconheço. É difícil me ver sem máscaras entender que tudo o que acreditei foi um erro sonhos e histórias castelos de areia que o vento levou. E diante do espelho vejo uma coleção de planos frustrados e histórias surreais. As palavras que invento não fazem mais efeitos tive que crescer e tirar a fantasia. Agora percebo o medo que fica o desespero e a solidão... O tempo parece não passar e não é mais a decepção que me incomoda mas as tentativas fracassadas os sonhos desfeitos e uma vida de faz-de-conta. Diante do espelho as palavras se perdem uma a uma... Fica só o gosto do arrependimento e esse rosto sombrio que não reconheço!

Dança

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[...] Ali, mais ao fundo, as emoções da vida viravam música. A cada fragmento de emoção correspondia uma nota musical, de modo que, às vezes, a música era grave, às vezes, leve, às vezes inclassificavelmente arrítmica, mas, às vezes tão arrebatadora que a única opção era dançar...

Madrugada

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As vezes o silêncio é tão forte... É, fazia tempo que a noite não me roubava o sono e hoje lá fora as sombras permanecem. Sentada no escuro, sob a lua eu sinto a brisa vazia que inunda o ar e os pensamentos com versos sem sentidos. As palavras fogem de mim... Meus olhos se perdem no vulto do horizonte os murmúrios da noite são doentes ardentes... e não é a saudade que fere mas a ausência que condena. Eu fecho os olhos com força e as lágrimas rolam eu não sei por que esse desespero me invade estou cansada de fingir que está tudo bem. As horas passam e as pessoas dormem as pessoas dormem... Eu já me acostumei com essa solidão quando de madrugada me inquieto e derramo versos, mas hoje essa dor no peito está ferindo e não há ninguém nunca há ninguém para aplacar esse vazio. Fazia tempo que não temia as estrelas fazia tempo que não sentia esse frio... Não é a primeira vez que tenho medo do escuro e eu pensei que esse grito na garganta iria passar com vento, mas foi o mesmo vento que se perd

Anjo

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A tempestade começa a se dissipar, mas aqui dentro o vazio insiste em permanecer. Jamais vou deixar de lembrar-me daqueles olhos, quando olhar em direção ao sol no horizonte ou quando procurar estrelas na imensidão. E o sorriso vai me acompanhar para sempre... Para sempre, regado de saudade imerso no desejo insano de reencontrar... Sinto o sol ardendo em meu corpo, fazia dias que não o via brilhar. Hoje consegui pensar nele sem chorar, mas não vi as fotos, aqueles olhos frios do retrato que já não me olham... Lembrei-me com devoção, com carinho, mas o coração arde freneticamente. Ainda o sinto... Resolvi continuar, encontrar alguém que me faça pensar em outra coisa, em outra história. Deu certo, mas ainda tenho medo. Como dizia o poeta "vamos com Calma!" Não estou tão pronta para me arriscar, mas foi bom aquele beijo... Hummm foi muito bom. Tinha me esquecido como era ter alguém ao meu lado... Meu luto será eterno, mas a vida continua... É o que

Mudanças

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Amanheceu! A vida surge abruptadamente lá fora, as pessoas despertam para suas realizações e para a conquista de mais um dia. Permaneço deitada, pensando... O dia amanheceu mais azul, ou são meus olhos que perderam os tons de cinza, não sei dizer ao certo, mas a mente esquiva-se para o momento, o encanto. Uma noite, um sorriso, um toque e as coisas mudam todas de lugar, paramos a melancolia da vida para viver um momento mágico, realmente é algo muito íntimo e bonito, e pode ser fogo... E pode ser só calmo, como um rio... É bom poder acontecer essas coisas de uma vez só. Acordei com o gosto do beijo em minha boca, fecho os olhos para sentir e me perder nesse encanto. É mais que um simples prazer, passageiro, é ardente, sufocante. Invade meus pensamentos... Será que é possível uma sintonia tal em que os dois acabem por perderem-se em si mesmos? Não, não é perder no sentido ruim da palavra, mas no calor das vidas... Sentir cada parte da pessoa, cada olhar, cada toque... As ma

Fotos

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Ontem fez frio à noite. No meu quarto a meia luz eu me deitei no chão, ouvia um som alto (The Uforgivem II - Metallica) e rabiscava algumas palavras no meu caderno de poesias, mas não saiu nada que presta só lamentos! Espelhei algumas fotos pelo chão, o volume do som era proporcional a minha dor. Passava das dez, um vizinho reclamou, disse que ia chamar a policia. Eu ri com sarcasmo, não me importo. Aumentei o volume um pouco mais. Sentia o frio me dominando, meus olhos já inchados refletiam o desespero. Ninguém mais ousou me incomodar. As fotos não transmitiam o calor no abraço, me olhavam instigadamente com o mesmo olhar imóvel, sem brilho, não me satisfaz, mas foi o que restou. Eu fechei os olhos para imaginar, está além do que eu posso ver, além do que eu possa sonhar. Minha mente me prega algumas peças, sinto que ele estava lá, mas eram só fotos. Eu queria gritar, queria sair correndo, queria impedir que meu corpo definhasse naquele desespero... O frio quebrava alguma coisa por de