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Mostrando postagens de novembro, 2019

O tom do seu silêncio

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Hoje eu ouvi uma canção de amor Que entoa o tom do seu silêncio E o vazio de sua ausência E hoje eu senti o peso do tempo que passou Enquanto as flores dançam ao vento suave Eu olhei para o horizonte procurando por você Porque a saudade transborda a razão E a solidão já não pertence a mim Mas insiste em permanecer Hoje, eu só queria poder te dizer O quanto você faz falta, o quanto o tempo urge perdido Quando minhas canções não tem mais sua voz E tudo o que fica são as lembranças em cada sintonia Sem você aqui os dias não tem os mesmos sabores O outono perde todas as suas cores São só as notas de uma canção vazia

Afinal, não somos árvores!

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E se um dia você abrisse os olhos e tivesse diante de você uma tela com todos os momentos, bons e ruins, de sua vida, desenhados como um fluxograma e mostrando como cada decisão que você tomou, da mais simples às mais complexas, influenciaram diretamente no curso da sua história? É aquele velho papo de você é responsável pelas decisões que você toma e só depende de você e tal. Mas olhando para este mesmo fluxograma, com certeza houve momentos em que as suas decisões foram diretamente influenciadas por pessoas à sua volta. Seria justo que essas também fossem atribuídas a nós? Uma vez minha mãe fez com eu tirasse uma foto com meus irmãos e o papai noel. E eu não queria tirar essa foto porque eu sabia que o papai noel era meu tio disfarçado (nem tão disfarçado assim) e eu era uma criança chata e pronto. Claro que eu fiquei com uma cara de c* na foto, mostrando claramente que aquela decisão não era minha. Algumas coisas são de fato assim, principalmente quando a gente é criança e te

Como uma despedida

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Eu fico imaginando como seria... Uma história que não estivesse sido interrompida tão bruscamente, uma flor que não tivesse sido colhida. Passo horas pensando, revivendo, lembrando de momentos que foram únicos, detalhes que foram cruciais. E é tão bom lembrar que fecho os olhos e volto àquele lugar de paz onde eu podia me sentir viva. Talvez hoje eu sobreviva pela capacidade de reviver, a meu modo, em minha mente, toda história e cada momento que já vivi. E se eu fosse mudar alguma coisa, seria os momentos em que não o tive a meu lado. Eu perco as horas me lembrando e revivendo. Me precipitando em um abismo de saudade e vazio, um desconhecido que já sei de cor, pois eu já decorei cada feição dessa dor que arde e me dilacera, pouco a pouco. E eu fecho os olhos com mais força, porque a ausência sempre macula a perfeição da lembrança. Olhar as fotos dói tanto que é impossível me conter. É impossível não querer saltar nesse mar de solidão e vozes silenciadas pelo adeus. Cada dia