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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Chorei

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‎''Ontem chorei.  Por tudo que fomos.  Por tudo o que não conseguimos ser.  Por tudo que se perdeu.  Por termos nos perdido.  Pelo que queríamos que fosse e não foi.  Pela renúncia.  Por valores não dados.  Por erros cometidos.  Acertos não comemorados.  Palavras dissipadas. Versos brancos.  Chorei pela guerra cotidiana.  Pelas tentativas de sobrevivência.  Pelos apelos de paz não atendidos.  Pelo amor derramado.  Pelo amor ofendido e aprisionado.  Pelo amor perdido.  Pelo respeito empoeirado em cima da estante.  Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa.  Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados.  Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa.  Por tudo que foi e voou.  E não volta mais, pois que hoje é já outro dia.  Chorei...''  (Caio Fernando Abreu)

Sonhos

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Eu fecho os olhos e permaneço em silêncio enquanto a brisa sopra sobre mim e envolvo meus pensamentos nas estrelas mais claras, faz uma tarde fria hoje. Eu ouço minhas canções, enquanto perco meus pensamentos nas imagens da janela do meu quarto sórdido. Essas canções me lembram um momento que nem sei por que insiste em ficar. Ainda tenho esperança, mas acho que é hora de partir. Cada acorde tem a sinfonia do olhar que prefiro esquecer, cada tom tem o sabor do desejo que arde cegamente em meu corpo, a melodia sussurra o beijo o ensejo... eu quero fugir dessa saudade no peito, mas minha solidão me leva ao mesmo lugar. E meu corpo ainda trás as marcas e tem sede de seguir, mas nem tudo é mesmo assim, não é fácil viver com um cemitério de culpa na memória. E, não é culpa por me entregar ao desconhecido que incendeia e arde as virtudes, mas por insistir em seguir sozinha por um caminho que deve ser trilhado a dois. Olho a vida lá fora e vejo os segundos perdidos no tempo, a voz incerta cham

Quase sem querer

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"Tão correto e tão bonito,  o infinito é realmente um dos deuses mais lindos. Sei que as vezes uso, palavras repetidas,  mas quais são as palavras que nunca são ditas..." (Renato Russo)

Brisa

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Vou fechar meus olhos deixar toda dor ir embora, em cada lágrima... e que sopre a brisa em meu rosto,  não para me lembrar do toque suave mas para afastar a saudade que insiste em percorrer por minha face...

Sem Palavras

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Já não há palavras, só um coração partido o silêncio invade cada momento de meu corpo estraçalhando as vozes que teimam em permanecer na memória sentimentos ocultos arranjos em desafino... Me decomponho pelos versos invertidos que não falam nada do que quero realmente dizer apenas disfarces de um pulsar arrítmico dentro do peito. Eu sinto o vento forte invento formas nas sombras das paredes desenhando medos que só meus olhos podem descrever.

Medo

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Estou tentando encontrar uma ponte para minha alma que me leve ao mais intimo momento de mim mesma e revele aqueles medos que tem me atormentado. Sinto todo desespero ir embora ouço o tempo passar marcado pelos passos de um relógio velho e o zunido de uma voz distante sussurrando me meu ouvido palavras que eu quero apenas esquecer. Eu sinto o vento entrando pela janela trazendo perfumes de jasmins e canções vazias. No âmbito do meu quarto dilacero poemas sem sentido tentando encontrar razão para os sentimentos que permeiam por meus olhos a noite fresca deixa uma sensação de vazio uma solidão na alma que não consigo desfrutar medo do vazio da alma medo do medo.. Percorro os olhos pela noite e procuro um refúgio mas lá fora só há o vazio e a escuridão e hoje, nada disso faz sentido.