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Como um ruflar de asas

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É estranho como o tempo e as coisas mudam... ou nem tão estranho assim. Já é agosto e eu nem vi. A sensação é que os dias estão passando, se acumulando junto as tarefas mal acabadas dando a falsa ideia de estar fazendo algo.Mas a verdade é que não estamos. Não estamos sequer vivendo.  Já é agosto e, pela primeira vez em anos, eu não vi um ipê florir. Será que finalmente estou te deixando partir? E o que eu faço com esse vazio que permanece... permanece em cada respirar, em cada olhar. O céu azul, tingido do amarelo quente do fim do inverno me lembra seus olhos. Eu sei... eu sei... seus olhos não eram azuis, mas havia tanta luz que iluminava minha vida inteira. Por anos eu me guiei por seu olhar e agora, é só escuridão e morte. Uma morte que vem de dentro e leva tudo a sua volta, porque sejamos sinceros... nada mais fez sentido. Nada mais foi como antes. Nada mais...  Já é agosto. Os ipês já floriram e agora vão indo... pétala a pétala como um ruflar de asas em um céu azul que me lembra