Comer, Rezar, Amar

Elizabeth Gilbert foi feliz em relatar uma experiência pessoal, ocorrida após o seu divórcio, de foma esplêndida. A autora de Comer, Rezar, Amar se aventurou em uma viagem, que durou exatamente um ano, passeando por três países europeus. Em cada um desses países, Liz (como é tratada no livro) pode compactuar com aprendizados para uma vida toda, fez amigos e conheceu pessoas realmente marcante. 
Comer, Rezar, Amar é uma história real, emocionante e feliz, apesar dos contratempos. Ainda, a escritora conseguiu colocar um toque de impessoalidade na história, o que permite que várias mulheres, ao longo da leitura, se identifique com o enredo.
Após sentir-se sufocada com seu casamento, em um momento qualquer, Liz pede o divórcio ao seu marido que, diga-se de passagem, não gostou nada da história. Pouco tempo depois, a mesma se envolveu com um garoto mais jovem. sedenta por aventuras, não percebeu o quanto os relacionamentos dela a afetavam e faziam-na perder a própria personalidade. Depois de passado o período do encanto, o relacionamento com o novo rapaz também caiu na rotina, o que fez com que Liz, talvez desesperada, resolvesse largar sua vida toda para trás em busca de um equilíbrio espiritual. 
A primeira parada foi na bela Itália. 
Liz, sempre neurada com os padrões de medidas americanos aprendeu o prazer de "comer". Em pouco tempo no país, ela fez amigos que sempre a acompanhava nas massa, pizzas e cappuccino. Na Itália Liz se desprendeu de "amores", apesar de conhecer rapazes que lhe despertou desejos, manteve o foco, aprendeu italiano, visitou todas as pizzarias e todas as casas de massas que pode. A experiência que ela passa na história aguça a vontade de conhecer o país, mostrando sua beleza e a hospitalidade do povo italiano, com aquele dialeto lindo e cativante. 
A segunda parte foi na polêmica Índia.
Antes de ler o livro, pensei que quando se falou em Índia, a pequena Liz iria se deliciar na parte "rica" do país. Claro, quem não queria conhecem a famosa Dubai, com seus prédios luxuosos e praias particulares? Mas a realidade é que Liz foi para a parte "miserável" do país, em uma espécie de "retiro espiritual". Ela precisava trabalhar e passava a maior parte do tempo enfiada em um templo, aprendendo e tomando lições com sua Guru. Definitivamente, eu jamais iria para a Índia (a não ser para Dubai, é claro). No relato da autora, ela deixou claro o incomodo do calor e dos pernilongos, a miséria e a necessidade de sempre buscar sua própria sobrevivência. Uma das coisas que achei interessante é o lado religioso/cultural expressado no texto. Somente quem quer, realmente, encontrar-se com seu lado oculto sobreviveria a tantas provas, como o voto do silêncio. Também na Índia, Liz conheceu pessoas interessantes que, com certeza, somou em suas experiências. 
A terceira, e última, parte foi na intrigante Indonésia.
Bali é outra cidade de extremos. Ou se é extremamente rico, ou extremamente pobre. Também é o local onde se há mais chacras por metro quadrado. As formas descritas no livro mostra paisagens lindas e exóticas que causa certo interesse. A intensão de Liz, ao chegar na Indonésia, era um período de meditação principalmente depois do que aprendeu na Índia. Conheceu um xamã super simpático que a ajudava em suas meditações e na elevação espiritual. Creio que, olhando pelo lado pessoal, aqui foi onde ela mais aprendeu. O que me chamou a atenção é que, no inicio do livro, Liz parecia uma daquelas patricinhas, egoístas e momentas, que não sabem o que querem da vida e, nesta última parte, Liz já era uma mulher, solidária, apesar de ainda ter inseguranças, podia-se tomar suas próprias decisões. Na Indonésia ela conheceu um brasileiro por quem se apaixonou e o livro termina com um lendário "feliz para sempre". 
Particularmente, gostei do livro. Apesar de, em algumas partes o achar delongado demais. A autora tentou não perder nenhum detalhe deixando a leitura um pouco cansativa, em outras partes "era puro êxtase". Interessante é que em muitos momentos da narrativa Elizabeth menciona, de forma negativa, seu marido. Como se os oito anos que viveram casados ele nunca ter feito coisas boas e fosse o culpado do divórcio. O que percebi é que a autora tinha problemas íntimos que não a permitia, de fato, ter um relacionamento. Me identifiquei em muitas partes do livro, em outras simplesmente quis bater nessa mimada Liz.
O livro foi um best-siller, com mais de 4 milhões de cópias vendidas. O auge do sucesso foi depois da linda Júlia Roberts interpretar Liz, nos cinemas. Isso aguçou a curiosidade para os detalhes da história, com certeza. 

Comentários

  1. Este eu vi o filme.
    Não gosto muito do Bradem, mas da Júlia sou fã.
    Preciso ler o livro para comparar.

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