Top 10 - Livros polêmicos e censurados

polemica, censura, livros
Navegando pela bloguesfera eu me deparei com uma notícia de que a triologia "50 tons" são os livros mais polêmicos da história. Fiquei imaginando o motivo desses livros serem considerados polêmicos uma vez que o que eu percebi (ao tentar ler o primeiro) é que não passa de um romancezinho água morna cópia de crepúsculo...

Resolvi pesquisar sobre livros polêmicos, embora eu mesma poderia criar uma lista com base nos livros que já li e que, pessoalmente, considerei bem complexos, percebi que em várias listagens sobre o tema, alguns livros marcam presença repetidamente. Os temas variam de sexo à nazismo, passando por assuntos casuais como a educação de uma criança, mas com certeza envolvem política, religião e ética em um contexto obscuro e centrado à negação da sociedade. 

Muitos consideram a Bíblia, o Alcorão, e o Torá (e o Talmude), livros que representam respectivamente o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo, os livros mais polêmicos do mundo, mas, penso eu e, segundo especulações, esse ranking é apenas por lidar com assuntos religiosos e não trata uma polêmica em si, somente opiniões. Por esse motivo, não os considerei e também excluí "A Origem das Espécies" de Charles Darwin, pelo fato de ser polêmico apenas pela não aceitação religiosa. 

Vamos à lista:

01. Lolita, de Vladimir Nabokov: O livro é narrado pelo protagonista, em primeira pessoa. Conta a história de um rapaz que se casou para se envolver com a filha de sua esposa, Lolita de 12 anos. A obra conta com diversas qualidades literárias e uma estrutura curiosa, que pode ser interpretada como uma mistura de diversos estilos cinematográficos: do início psico-erótico típico de um filme europeu, a história passa para um drama de periferia quando o professor vai morar em New Hampshire. Depois a ação lembra um road movie, com uma longa viagem de carro; passa para um romance de mistério, com o enigma de um perseguidor oculto; e no final se torna um drama policial, ao estilo de um filme noir.

02. O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger: O livro é um romance americano, publicado inicialmente em formato de revista. Originalmente publicado para adultos, desde então se tornou popular entre jovens leitores por lidar com temas tipicamente adolescentes como confusão, angústia, alienação, linguagem e rebelião. Foi traduzido para quase todas as principais línguas do mundo. Cerca de 250,000 cópias são vendidas todo ano, com um total de vendas de mais de 65 milhões. O protagonista e anti-herói do romance, Holden Caulfield, se tornou um ícone da rebelião adolescente. Até hoje o livro sofre censura pelo vocabulário exagerado e a tenacidade para o sexo adolescente.

03. Os 120 Dias de Sodoma, de Marquês de Sade: conta a história de quatro ricos homens libertinos que resolvem experimentar a definitiva gratificação sexual em orgias. Para isso, eles se trancaram por quatro meses num castelo inacessível com um harém de quarenta e seis vítimas, a maioria adolescentes de ambos os sexos, e recrutaram quatro cafetinas para contar a história de suas vidas e suas aventuras. A narrativa das mulheres se torna inspiração para abusos sexuais e tortura das vítimas, que escala gradualmente em intensidade e termina em assassinato. O livro foi escrito em apenas 37 dias em um rolo de papel de doze metros enquanto Sade estava preso na Bastilha. 

04. Mein Kampf. de Adolf Hitler: Também conhecido como "A Cartilha do Nazismo" onde Adolf Hitler expressou suas ideias anti-semitas, racialistas e nacional-socialistas então adotadas pelo partido nazista. É importante ressaltar que as ideias propostas em Mein Kampf não surgiram com Hitler, mas são oriundas de teorias e argumentos então correntes na Europa. Na Alemanha nazista, era uma exigência não oficial possuir o livro. Era comum presentear o livro a crianças recém-nascidas, ou como presente de casamento, além de todos os estudantes o recebiam na sua formatura.

05. O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence: O livro detalha momentos eróticos da protagonista com seus guardas, e foi considerado demasiadamente explícito e obsceno, ao ser publicado. No entanto, a editora Penguin ganhou o caso judicial e a obra de D. H. Lawrence foi um bestseller. A vitória foi um momento histórico para a indústria editorial, porque a censura de livros tornou-se mais difícil a partir deste momento.

06. O Psicopata Americano, de Bret Easton Ellis: um dos mais radicais relatos sobre a banalidade da violência, do consumo e do vazio da geração de yuppies que viveu sua juventude nos anos 80. O protagonista é Patrick Batemann, um jovem de 26 anos que de dia fatura uma fortuna trabalhando em Wall Street e à noite se acaba em festas regadas a cocaína e uísque. Quando se sente muito entediado, sai pelas ruas de Nova York assassinando brutalmente mendigos, torturando prostitutas e todos aqueles que de alguma forma o entediam. Sem piedade, sem remoço, sem consciência, em seguida saindo para tomar um drinque ou fazer compras em lojas de grifes. Essa violência explícita fez com que o lançamento da primeira edição de O psicopata americano, em 1991, fosse coberto de polêmica: as associações feministas protestaram, a editora que inicialmente iria publicar o livro acabou recusando-o e escritores saíram em defesa do direito de expressão. O livro – tido como “inflamável” – acabou sendo levado ao cinema em 2000, com Christian Bale no papel principal, levantando uma série de reflexões sobre a obra de Bret Easton Ellis, que produziu um dos mais perturbadores e provocativos relatos de uma geração.

07. Os Versos Satânicos, de Salman Rushdie: O livro conta as aventuras de dois indianos muçulmanos que sobreviveram a um atentado a bomba de separatistas sikh em um avião. Após a queda, na Inglaterra, um deles, Saladim Chamcha, desenvolve chifres, cascos e um rabo. O outro, Gibreel Farishta, cria um halo e sonha em conhecer o profeta Mahound (antigo termo pejorativo para Maomé). Na Inglaterra, militantes muçulmanos queimaram o livro. Em vários países foi proibida a sua edição. A reação mais violenta veio do Irã. Em 1989, o aiatolá Khomeini decretou uma sentença de morte contra o autor e líderes religiosos iranianos ofereceram 6 milhões de dólares como recompensa pelo assassinato de Rushdie. 

08. The Anarchist Cookbook (O Livro de Receitas Anarquista), de William Powell: é um livro que contém receitas e instruções para a fabricação de explosivos, drogas "recreativas", equipamentos rudimentares de perturbação das telecomunicações e outros itens perigosos e ilegais. Foi escrito para protestar contra o envolvimento do governo dos EUA na Guerra do Vietnã.

09. O Martelo das Feiticeiras, de Heinrich Krammer: é um dos livros mais importantes da cultura ocidental, tanto para os leitores que se interessam pela história quanto para aqueles que estudam a história do pensamento e das leis. Documento fundamental do pensamento pré-cartesiano, bem como um dos mais importantes depositórios das leis que vigoravam no Estado teocrático, revela as articulações concretas entre sexualidade e poder, e por isso é uma peça única para todos aqueles que estudam a profundidade da psique humana e o funcionamento das sociedades. Durante quatro séculos este livro foi o manual oficial da Inquisição para caça às bruxas. Levou à tortura e à morte mais de 100 mil mulheres sob o pretexto, entre outros, de "copularem com o demônio". Esse genocídio foi perpetrado na época em que formavam as sociedades modernas européias. Uma das conseqüências, apontadas pelos especialistas, foi tornar dóceis e submissos os corpos das mulheres posteriormente.

10. Os Protocolos dos Sábios de Sião, autor desconhecido: O texto tem o formato de uma ata, que teria sido redigida por uma pessoa num Congresso realizado a portas fechadas, numa assembleia em Basiléia, no ano de 1807, onde um grupo de sábios judeus e maçons teriam se reunido para estruturar um esquema de dominação mundial. Nesse evento, teriam sido formulados planos como os de usar uma nação européia como exemplo para as demais que ousassem se interpor no caminho dessa dominação, controlar o ouro e as pedras preciosas, criar uma moeda amplamente aceita que estivesse sob seu controle, confundir os “não-escolhidos” com números econômicos e físicos e, principalmente, criar caos e pânico tamanhos que fossem capazes de fazer com que os países criassem uma organização supranacional capaz de interferir em países rebeldes.

Comentários

  1. Bah! Não li nenhum.
    Vou prestigiar tuas dicas.

    www.cchamun.blogspot.com.br

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  2. Gostei da lista e só não li dois desses 10 mas lerei ...parabéns pelo post

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  3. Interessante o post. Vou ler as polêmicas listadas.

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  4. O último livro é falso para justificar antisemismo no século passado na Europa, a maior parte foram considerados polemicos por se tratarem de tabus e main kampf nao era polêmico, se tornou pela sua proibicao em mtos paises e por se tratar de um assunto que hoje é considerado um tabu, o nazismo

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